Artigo - Behaviorismo

De alguma forma muito injusta o Behaviorismo carrega consigo uma carga bem grande que não lhe pertence. Aqueles que pairam pela superfície dos estudos que tal área da ciência aborda acabam por ter uma imagem avessa ao que o próprio Behaviorismo busca elucidar.
Por estudar principalmente o condicionamento do comportamento, atrela-se a tal campo da ciência a responsabilidade de existir o condicionamento nos seus mais variados graus. O que é necessário entender sobre o Behaviorismo é que os estudos que seus dedicados representantes desenvolveram não criaram tais condicionamentos, apenas destacou e convencionou seu funcionamento. Acreditar que o Behaviorismo é um grande vilão, pois manipula os “seres animados” é uma tolice, às vezes cometida, que se compara a acreditar que a Física a principio cria os fenômenos naturais ao invés de buscar entende-los e os revelar.
O Behaviorismo trouxe a luz o que sempre existiu. As formas de condicionamentos estiveram sempre presentes, apenas nem sempre bem compreendidas. 
Para entender o Behaviorismo precisamos entender seu contexto inicial, pois alguns equívocos que seus colaboradores cometeram como acreditar que não era necessária a mente para o estudo mais completo do ser humano, deviam-se as guerras ideológicas travadas no final do século XIX e inicio do XX, onde se buscava um distanciamento das questões psicológicas do conceito subjetivo da alma, pois para as tendências positivistas que tomava toda a ciência, tais questões subjetivas pertenciam mais a religião e a filosofia do que aos domínios da ciência em si. Além disso, o conceito mente (alma) não poderia ser observável, e se a Psicologia queria ser compreendida como um campo sério da ciência ela precisaria de resultados segundo as normas cientificas, ou seja, resultados mensuráveis, quantificáveis e por assim dizer: prático, remetendo à razão lógica.
E o ponta-pé inicial deu-se pelo americano Jhon B. Watson que em um artigo publicado em 1913 com o titulo “Psicologia: como os behavioristas as veem”, inaugura essa linha teórica.

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1- De Watson a Skinner
2- Exemplo