Artigo - Psicanálise


A  Psicanálise a partir do texto “O Eu e o Id”[i] de Sigmund Freud




O termo psicanálise e o nome Sigmund Freud são amplamente conhecidos no mundo moderno. Freud (1856-1939) médico e teórico de uma das escolas da psicologia moderna, a psicanálise. Segundo sugere Freud com a psicanálise seria responsável por três grandes mudanças ocorridas no ego humano coletivo. A primeira, quando Copérnico demonstrou que a Terra não era o centro do universo; a segunda, quando Charles Darwin mostrou não ser o homem uma espécie única e distinta ocupando um papel de destaque na criação; a terceira, provocada pelo próprio Freud, afirmar não ser o homem agente racional da própria vida, pois se encontra sob a influência de forças inconscientes que não percebe e sobre as quais tem pouco ou nenhum controle.

Desde o inicio, a psicanálise distinguia do pensamento psicológico geral tanto em relação aos objetivos como no tocante aos métodos e ao objeto de estudo. A psicanálise possui como objeto de estudo a psicopatologia – ou o comportamento anormal – em parte negligenciada pelas demais escolas de pensamento e adota como principal método a observação clinica e não a experimentação controlada de laboratório. E ainda trata do inconsciente, tópico praticamente ignorado por ouros sistemas de pensamento. (SHULTZ, 2005, p.346)

A diferenciação do psíquico em consciente e inconsciente é a premissa básica da psicanálise e o que a ela permite compreender e inscrever na ciência os processos patológicos da vida psíquica, tão freqüentes e importantes. Ou seja, psicanálise não pode pôr a essência do psíquico na consciência, mas é obrigada a ver a consciência como uma qualidade do psíquico, que pode juntar-se a outras qualidades ou estar ausente.



[i] A tradução norte-americana contou com o apoio do próprio Freud, quando a fama desse começou a despontar no Novo Continente. O então responsável pela reunião dos textos, James Strachey, teve em vista a necessidade de transformar a psicanálise freudiana mais “científica”, isto é, tornar suas obras cobertas de notas, de referências, etc, mas, mais do que isso, modificar seu linguajar para que ficasse mais “apropriado” para a comunidade médica dos EUA. Foi assim que surgiram os famosos Ego, Id e Supergo – tirados do latim (língua que contem um presíigio científico ainda hoje, derivado da sua alteridade religiosa), como versões de Ich, Es e Über-Ich, cujas traduções literais seriam tão somente Eu, Isso e Super-eu.



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1 - Consciente e inconsciente 
2 - O EU E O ID
3 - O EU E O SUPER-EU (IDEAL DO EU)